O desembargador José Luiz de Almeida, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, conversou na manhã desta quarta, 11 de outubro, com alunos e alunas do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar.

A conversa sobre responsabilidade, atitudes e compromisso com a ética no serviço público, fazendo paralelo entre as instituições Polícia e Justiça Eleitoral, aconteceu durante a “Parada Matinal”, em que eles e elas desenvolvem aptidões no comando da tropa, aplicam protocolo militar para autoridade visitante e aprofundam conhecimentos no universo da filosofia jurídica e do direito constitucional e penal.

O desembargador foi recebido pelo coronel Nicolau Sauaia Junior, comandante da Academia de Polícia Militar Gonçalves Dias, e antes de iniciar a conversa, o cadete Bruno Jansen Sousa e Silva citou a crônica do desembargador intitulada “País Dividido” para abordagem acerca de direitos humanos na atividade policial militar.

Por sua vez, o desembargador disse se sentir orgulhoso por uma crônica sua ter sido citada pelo aluno, explicando que escreve o que sente, sempre sendo verdadeiro, revelando inquietudes também.

“Os senhores que integram uma corporação tão relevante para vida em sociedade são tão incompreendidos quanto nós responsáveis pelos julgamentos pela difícil missão de dar a cada um aquilo que tem direito. E quando eu falo na incompreensão das atividades que desenvolvem, eu trago pra mim esse mesmo sentimento de pertencer a um poder que também tem sido incompreendido. Incompreensão que resulta muitas vezes, não de fatos que tenham aderência na realidade, mas de mentiras que são disseminadas. Todos/as são vítimas também das tão famigeradas fake news, que nada mais servem nos dias presentes do que para desrespeitar as instituições e para desrespeitar as pessoas que as representam”, refletiu José Luiz.

Continuou dizendo que a justiça eleitoral tem sido também vítima de campanhas insertadas, tendentes a desacreditarem a instituição e o próprio processo eleitoral e isso é grave, porque ela é quem garante a democracia.

Lembrou que o poder público, o exercício da atividade pública só tem um sentido: de poder servir e enalteceu a relevância do papel que eles representam. “No mundo policial militar, com toda a disciplina que recebem, estão forjados/as nessa cultura de que vestir a farda se predispõem a servir a sociedade, como eu me predisponho a servi-la quando coloco este terno e vou ao meu gabinete para decidir acerca da vida das pessoas”, finalizou.

Além da conversa, houve desfile de tropa em continência ao presidente, café da manhã e visita às instalações da Academia. O desembargador José Luiz foi a sexta autoridade a ser recebido na Academia como parte de recente projeto implantado que visa estreitar laços com várias instituições do estado.

Acompanharam o presidente o diretor-geral Mário Lobão e os tenentes-coronéis Alysson Máximo e Márcio Mendes, ambos da Seção de Segurança Institucional e Inteligência do TRE-MA (ex-alunos da Academia de Polícia Militar).