Transtorno do Espectro Autista: diagnóstico precoce ajuda no tratamento
Dia 2 de abril é celebrado o Dia do Autismo
No próximo dia 2 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 com objetivo de conscientizar a sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e promover a inclusão de pessoas com autismo em todos os aspectos da vida.
Em alusão à data, o médico Fábio Barbosa, da Seção de Saúde e Qualidade de Vida (SESAQ), preparou folder (formato PDF) com informações sobre o TEA e acerca do que fazer para diagnóstico precoce.
Segundo Fábio Barbosa, o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que se apresenta com sinais variáveis, incluindo prejuízo persistente na comunicação e na interação social, bem como padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. O diagnóstico é feito preferencialmente por psiquiatras infantis ou neuropediatras, através de exame clínico, uma vez que não há exames de imagem ou laboratoriais que o comprovem.
É por este motivo que foi criado o Dia do Autismo como oportunidade de disseminar informações precisas, combater o preconceito, a discriminação e promover a inclusão de pessoas com autismo na sociedade.
Os primeiros sinais de alerta do TEA podem ser observados nos primeiros meses de vida e ficam mais evidentes entre 12 e 24 meses de idade. A partir dos 2 anos de idade, já é possível concluir ou descartar o diagnóstico em grande parte dos casos.
Algumas das características do TEA podem incluir ausência de gestos convencionais, não olhar quando chamado, não imitar sons ou expressões faciais, baixo contato visual e ausência de sorriso social.
“É importante que pais, cuidadores e profissionais de saúde e educação estejam atentos a esses sinais de alerta”, ressalta Barbosa.
A estimulação profissional precoce do paciente diagnosticado com TEA se beneficia de um período chamado “janela de oportunidade”, que ocorre do nascimento até os 3, 4 anos de idade, intervalo no qual o cérebro da criança ainda é altamente plástico, respondendo de forma mais efetiva às intervenções realizadas através da formação de novas vias neuronais.
Desta forma, o diagnóstico feito até os 4 anos de idade aumenta muito as chances de estimular o desenvolvimento e a intervenção interdisciplinar, quando iniciada precocemente, possibilita maiores chances de aquisição das múltiplas habilidades que serão fundamentais ao longo da vida do indivíduo.